PERDOAR? O QUE É ISSO?

As complexas questões sobre perdão nos deixam, muitas vezes, com um certo receio de afirmar que pouco, ou quase nada sabemos, na prática, o que é perdoar. Até mesmo na teoria não temos muito claro o que é PERDOAR, pedir PERDÃO e se perdoar a si mesmo.
Pedir desculpas, como ato de educação e pelo fato de sermos polidos e civilizados, o fazemos com facilidade e voluntariamente. Mas pedir desculpas não significa pedir perdão. Assim como também desculpar alguém não é a mesma coisa que perdoar.

Perdoar é um ato de nobreza, enquanto desculpar é uma obrigação social. Perdoar alguém é ser altruísta, pois implica em sofrer certa afronta, absorve-la, anulá-la no seu coração, sem guardar nenhum resquício de mágoa.

Desculpar alguma coisa, mesmo aparentemente grave, é apenas uma ação que implica o respeito às normas de etiqueta e de sociedade, sem que haja um sentimento de amor envolvido.

Perdoar exige dose de amor e de humildade. Não se perdoa por se ter sido reparado, por exemplo, não há perdão de dívida se o devedor pagou, mesmo que tenha demorado para fazê-lo ou feito sem demonstrar simpatia ou solidariedade ao credor, que emprestou, vendeu ou prestou serviço.

PERDOAR? ISSO É AMAR!

Perdoar é amar. Perdoar é entender que erros, falhas e deslizes todos cometemos e que ninguém é perfeito, nem sem falhas. Perdoar é ser capaz de ser grande e ser generoso. É ter a paz profunda e sinceridade inesgotável para não se sentir ofendido e capaz de dar o perdão mesmo que o outro não o peça, nem mesmo o queira.

Perdoar e ser capaz de absorver a ofensa, o prejuízo e a dor, sem reclamar e sem viver se lembrando da mágoa que precisa ser afogada no mar de tolerância e compreensão próprios daqueles que tem o coração dominado pelo Espírito Santo de Deus. Perdão verdadeiro só existe no coração do salvo por Cristo, do servo do Senhor, através da ajuda do Santo Espírito. Sem perdoar não há comunhão, nem paz e muito menos amor.